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VIIª Dinastia

Na VIIª Dinastia (c. 4163 a.C.), ocorreu uma revolução religiosa que reinstalou a antiga adoração, cujos traços haviam sido apagados dos templos e monumentos. Pois apesar da Deusa Estrela e sua Criança terem dado lugar à Criança Solar, e Hórus tenha substituído Set, para os Tifonianos este sol era ainda o filho de Ísis, não de Osíris. Um estado conflito constante entre Osirianos e Tifonianos (ou Draconianos) continuou até que ao final da Xª Dinastia (cerca de 3348 a.C.), os osirianos efetuaram outra vez uma total mudança nos adoradores de Set-Hórus, e restabeleceram seu próprio Deus, Osíris, como a figura chefe de sua Tríade Suprema (Osíris, Ísis,Hórus).




No culto de Crowley, a Trindade Telêmica é o complexo primitivo consistindo da Besta, da Prostituta e do Bastardo.




Com o advento da XIIIª Dinastia (cerca de 3180 a.C.), o Culto Draconiano surgiu de novo no poder, e dessa época em diante (até o fim a XVIª Dinastia, c.2243 a.C.), o Culto de Set reinou supremo. Foi durante estas últimas dinastias dos deuses Tifonianos da escuridão que nós vemos os primeiros sinais claramente definidos do Culto que Crowley reviveu através do Livro da Lei. O preto-dourado 13 (Sol-Sirius) tiveram influência em Ombos (o relicário de Sevekh-Ra, no Sul do Egito) como Set-Nubti; Na Núbia ele era chamado SetNahsi; na Síria, Bar-Suketkh, e em Israel, Iah ou Jah Os Sevekh-hepts da XIIª Dinastia adoravam a divindade macho como o filho da Mãe sozinha. Eles eram Tifonianos ou Draconianos, porque rejeitavam a paternidade e continuavam os tipos míticos pré-monogâmicos, os tipos revividos no Livro da Lei.




Set-Hórus (Sut-Har) combina a Estrela-Filho e o Filho Solar da antiga Deusa das Sete Estrelas de modo a tornar-se o solar Hor-Makhu, o duplo Hórus dos dois Horizontes – Leste e Oeste – mas ainda como o filho da mãe sozinha.




Sut-Har é o deus que aparece nos monumentos egípcios como o Um de natureza dual, o cabeça de asno Set, e o cabeça de falcão Hórus. Isto foi igualmente representado como Sut-Nubti, o duplo anunciador, ambos do ano e da inundação, que combinavam o Sol e Sirius numa unidade dual. Este era o preto e o dourado; e porque o dourado estava aqui unido com o símbolo da escuridão que aquele metal se tornou amaldiçoado na religião osiriana. Por causa de suas conexões tifonianas ele foi considerado a raiz do mal, e, em consequência (como Plutarco observa) na festa do Sol os adoradores eram proibidos de usar ornamentos de ouro. De fato, a origem da Idade do Ouro, comum a inumeráveis mitos do mundo antigo, é encontrada nas adorações pré- monumentais e pré-osirianas do antigo Egito.




O perpétuo conflito entre os adoradores da ‚virgem, mãe e seu filho, e os osirianos que reconheciam a paternidade individualizada, enfureceram e devastaram o Egito por milhares de anos.




No Livro da Lei é Hórus, o filho da pré-monogâmica mãe Nuit, que é concentrado no Senhor da Dupla-Vara do Poder (Hru-Machis), a Estrela que combina ambos Set e Hórus em Um Deus possuindo atributos gêmeos: Hoorpaar-Kraat e Ra-Hoor-Khuit. E é este aspecto da ‚adoração? que está uma vez mais ganhando ascendência hoje, e uma de suas apresentações é o retorno à fase pré-monogâmica da sociedade quando a Besta e a Prostituta uniram-se em felicidade blasfema.



Os gêmeos ou conceito-do-diabo, Set-Hórus, forma a mística essencial do Novo Éon. É esta duplicidade no coração do Culto Theriônico que torna difícil

para algumas pessoas captar o verdadeiro significado da doutrina de Crowley.



O Ritual da Marca da Besta, que Crowley compôs em Cefalu, em 1920, é baseado em parte no Ritual do Pentagrama conforme praticado na Golden Dawn, mas nos quatro Pontos Cardeais é a oposta Estrela da Invocação de Set que é traçada pelo Mágico e não o Pentagrama com a ponta para cima.




Portanto, se o ritual for desempenhado por alguém que considere a Estrela de ponta para baixo como símbolo da Matéria dominando o Espírito, ele inevitavelmente invocará as energias daquele acúmulo de forças do mal que os Cristãos denominaram erradamente de Satã. Um thelemita, entretanto, livre da obsessão do pecado e da moral do mal pode desempenhar o Rito com impunidade. Se for bem compreendido que Set é o complemento necessário de Hórus, como sujeito para objeto, dia para noite, sombra para a substância, os acréscimos da falsa moral que o distorceram ruirão por terra.




Set é o iniciador, aquele que Abre a Consciência do Homem para os raios do Deus Imortal tipificado por Sirius – o Sol no Sul – mesmo que ele seja, astronomicamente falando, o que abre o ano zodiacal e o Grande Ciclo de 1460 anos. Ele é a Criança no sentido de que a natureza real do homem está

carregada de potencial infinito, possibilidades infinitas de crescimento e desenvolvimento.



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Renascer da Magia


Kenneth Grant


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(Arte da imagem do tópico Sopdet Het 371)

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